Economia
SÃO PAULO (Reuters) - Uma greve de conferentes no porto de Itajaí (SC), que já dura seis dias, fez com que deixassem de ser movimentados 4,5 mil contêineres, de acordo com a APM Terminals, empresa arrendatária e operadora do porto.
A paralisação começou na quinta-feira a noite e até segunda-feira 9 navios mudaram suas rotas para outros portos da região, sendo dois deles direcionados ao terminal portuário Portonave, na cidade de Navegantes (SC).
A APM Terminals calcula que a paralisação causou um prejuízo ao porto de 2,5 milhões de reais até o momento.
Segundo comunicado da APM, um navio estava sendo transferido para Santos ou Irapoá e outro para o porto de Paranaguá.
Entre os produtos exportados pelo porto de Itajaí estão carne suína, frango, blocos de motores, motores elétricos e compressores. O porto de Itajaí também importa cerâmica, polímeros e produtos têxteis.
De acordo com a APM, negociações salariais entre a empresa e a categoria vêm ocorrendo desde dezembro de 2010. Atualmente, segundo a empresa, a média salarial de um conferente é de R$ 8 mil por mês, o que "torna inviável a competitividade e sustentabilidade do terminal no complexo portuário".
Já o secretário do Sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga do porto, Márcio Aurélio Guapiano, disse que os trabalhadores estão abertos ao diálogo.
"A única coisa é que queremos o Ministério Público (MP) do lado nas negociações, queremos fazer tudo direitinho."
Segundo o secretário, uma representante do MP marcou para as 14 horas (horário de Brasília) desta terça-feira, uma reunião entre os representantes dos sindicatos de todo o complexo portuário de Itajaí, a superintendência do porto, a APM Terminals e uma comissão de greve, organizada na segunda-feira.
(Reportagem de Patrícia Monteiro)
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