20 de novembro de 2011
Sob o título "Cortina de fumaça", Aloisio Antoin envia e-mail com váias considerações sobre a nova politica salarial do governo catarinense. Leia:
"Prezado jornalista: Considerando seu blog ser caixa de ressonância dos anseios e angústias das duas classes mais sofridas de funcionários públicos estaduais: Magistério e Segurança Pública, mister se torna prestigiá-lo , tanto pela sua leitura como por comentários que o enriquecem.
Os avanços salariais proclamados pelo governador Colombo , semana passada , representam um significativo reencaminhamento da posição governamental. A mudança de comportamento do "Grupo Gestor", que durante a greve do magistério mostrava-se arrogante e intransigente, pelo que se notou, reconheceu em parte suas incoerências e sinalizou para a racionabilidade e justiça . Pelo que foi sentido nesta mudança de atitudes, parece que alguns membros deste grupo fizeram refeições por R$6,00 e pelo visto sentiram fome perto das 15 horas e terrivel ronco do estômago pelas 17 , ainda que ammenizado por não precisarem carregar uma pilha de cadenos e trabalhos para casa. Outros provavelmente procuraram viver alegremente com o salário de um policial , calvário também amenizado por não precisarem viver o duro cotidiano das ruas, enfrentando bandidos e ofensas de filhinhos de papais cujas mesadas superam em vários trocados seu minguado salário.
Reconhecemos os avanços, que foram significativos: Vale refeição , incorporação dos penduricalhos e data base foram ações corretas dignas de apluso. Ficam entretanto dúvidas que precisam de esclarecimento: a) O vale refeição que passará para R$10,00 e depois para R$12,00 valerá somente para os que já estão de regime alimentar há muitos anos ou atingirá também a classe rica do funcionalismo, que com seus altíssimos salários facilmente poderia complementar seus banquetes com recursos próprios. b) Os reajuste de 8% para o magistério , será acrescido ao acordo firmado após a greve e à imposição legal o Piso Nacional? O SINTE emitiu uma posição e correm pelos bastidores outras versões.Há necessidade de esclarecimento antes do final do ano, pois os professores precisam se organizar, ou para começar um ano letivo tranquilo no caso de cumprimento do acordo que colocou fim à paralização de 62 dias ou para o reinício de uma greve desgastante cuja duração será difícil prever.
A postura do governo em reorganizar o aspecto salarial é tempestiva e necessária. Entretanto há dúvidas quanto ao reajuste linear, seja cinco, oito, dez ou cincoenta por cento...Ficam as enormes diferenças entre funções e níveis salariais. Sem uma correção ficará sempre um horizonte nebuloso. Aloisio Antoni / Videira-SC."
"Prezado jornalista: Considerando seu blog ser caixa de ressonância dos anseios e angústias das duas classes mais sofridas de funcionários públicos estaduais: Magistério e Segurança Pública, mister se torna prestigiá-lo , tanto pela sua leitura como por comentários que o enriquecem.
Os avanços salariais proclamados pelo governador Colombo , semana passada , representam um significativo reencaminhamento da posição governamental. A mudança de comportamento do "Grupo Gestor", que durante a greve do magistério mostrava-se arrogante e intransigente, pelo que se notou, reconheceu em parte suas incoerências e sinalizou para a racionabilidade e justiça . Pelo que foi sentido nesta mudança de atitudes, parece que alguns membros deste grupo fizeram refeições por R$6,00 e pelo visto sentiram fome perto das 15 horas e terrivel ronco do estômago pelas 17 , ainda que ammenizado por não precisarem carregar uma pilha de cadenos e trabalhos para casa. Outros provavelmente procuraram viver alegremente com o salário de um policial , calvário também amenizado por não precisarem viver o duro cotidiano das ruas, enfrentando bandidos e ofensas de filhinhos de papais cujas mesadas superam em vários trocados seu minguado salário.
Reconhecemos os avanços, que foram significativos: Vale refeição , incorporação dos penduricalhos e data base foram ações corretas dignas de apluso. Ficam entretanto dúvidas que precisam de esclarecimento: a) O vale refeição que passará para R$10,00 e depois para R$12,00 valerá somente para os que já estão de regime alimentar há muitos anos ou atingirá também a classe rica do funcionalismo, que com seus altíssimos salários facilmente poderia complementar seus banquetes com recursos próprios. b) Os reajuste de 8% para o magistério , será acrescido ao acordo firmado após a greve e à imposição legal o Piso Nacional? O SINTE emitiu uma posição e correm pelos bastidores outras versões.Há necessidade de esclarecimento antes do final do ano, pois os professores precisam se organizar, ou para começar um ano letivo tranquilo no caso de cumprimento do acordo que colocou fim à paralização de 62 dias ou para o reinício de uma greve desgastante cuja duração será difícil prever.
A postura do governo em reorganizar o aspecto salarial é tempestiva e necessária. Entretanto há dúvidas quanto ao reajuste linear, seja cinco, oito, dez ou cincoenta por cento...Ficam as enormes diferenças entre funções e níveis salariais. Sem uma correção ficará sempre um horizonte nebuloso. Aloisio Antoni / Videira-SC."
"Caro Moacir Pereira
Acompanho diariamente teu Blog, vício benéfico que herdei da Greve do Magistério 2011, pois além de postares notícias de interesse geral do povo catarinense, ofereces espaço para que as lutas das diversas categorias tenham visibilidade e possamos acompanhar o andamento das negociações entre as partes.
Como sou integrante do Magistério, quando houve a greve, várias notícias que eram desconhecidas pela maioria da categoria, foram então divulgadas por este caro jornalista, bem como os comentários que enriqueceram e fortaleceram o movimento também neste Blog, em busca do cumprimento da “Lei do Piso”.
A greve acabou, com as perdas para a categoria já fartamente discutidas e documentadas, mas com a promessa de que as mesmas seriam repostas mediante reuniões entre representantes do SINTE e governo.
Pelo que tens publicado nos últimos dias, percebe-se um profundo descompasso entre as decisões tomadas pelo governo, com aquelas aparentemente negociadas com o SINTE, demonstrando um profundo descaso com os dirigentes e por conseqüência com toda a categoria da Educação.
Pelos teus muitos anos de jornalismo sério, em que a confiabilidade é a tua referência, solicito se puderes questionar o SINTE com relação ao fato do mesmo não ter ainda entrado na justiça pelos seguintes pontos que estão contemplados na Lei do Piso:
1 – Desrespeito ao Plano de Carreira que deveria ter sido negociado com a categoria em 2009, e não sendo, foi esfacelado pela Assembléia Legislativa, e agora ainda mais prejudicado com as propostas recentes do governo, desconsiderando a diferença salarial entre as formações e principalmente prejudicando o mestrado e doutorado.
2 – Pagamentos referentes à publicação da Lei (e sua implementação).
3 – Pagamento dos reajustes específicos do Piso Nacional em sua integralidade, desvinculando-se do funcionalismo em geral, por possuir uma lei federal a respeito.
Penso que o SINTE e todo o Magistério já deram um grande voto de confiança ao governo, acabando com a greve, mas que infelizmente o mesmo não está correspondendo ao que foi negociado restando, no meu entendimento, somente à via judicial com a real possibilidade de não ser iniciado o ano letivo em 2012, em data já estipulada, por greve que possivelmente será deflagrada.
Agradeço teu tempo e apoio, caso consigas as respostas para estas questões, desejando que tenhas um bom final de domingo.
Maria Aparecida Lehmkuhl"
Acompanho diariamente teu Blog, vício benéfico que herdei da Greve do Magistério 2011, pois além de postares notícias de interesse geral do povo catarinense, ofereces espaço para que as lutas das diversas categorias tenham visibilidade e possamos acompanhar o andamento das negociações entre as partes.
Como sou integrante do Magistério, quando houve a greve, várias notícias que eram desconhecidas pela maioria da categoria, foram então divulgadas por este caro jornalista, bem como os comentários que enriqueceram e fortaleceram o movimento também neste Blog, em busca do cumprimento da “Lei do Piso”.
A greve acabou, com as perdas para a categoria já fartamente discutidas e documentadas, mas com a promessa de que as mesmas seriam repostas mediante reuniões entre representantes do SINTE e governo.
Pelo que tens publicado nos últimos dias, percebe-se um profundo descompasso entre as decisões tomadas pelo governo, com aquelas aparentemente negociadas com o SINTE, demonstrando um profundo descaso com os dirigentes e por conseqüência com toda a categoria da Educação.
Pelos teus muitos anos de jornalismo sério, em que a confiabilidade é a tua referência, solicito se puderes questionar o SINTE com relação ao fato do mesmo não ter ainda entrado na justiça pelos seguintes pontos que estão contemplados na Lei do Piso:
1 – Desrespeito ao Plano de Carreira que deveria ter sido negociado com a categoria em 2009, e não sendo, foi esfacelado pela Assembléia Legislativa, e agora ainda mais prejudicado com as propostas recentes do governo, desconsiderando a diferença salarial entre as formações e principalmente prejudicando o mestrado e doutorado.
2 – Pagamentos referentes à publicação da Lei (e sua implementação).
3 – Pagamento dos reajustes específicos do Piso Nacional em sua integralidade, desvinculando-se do funcionalismo em geral, por possuir uma lei federal a respeito.
Penso que o SINTE e todo o Magistério já deram um grande voto de confiança ao governo, acabando com a greve, mas que infelizmente o mesmo não está correspondendo ao que foi negociado restando, no meu entendimento, somente à via judicial com a real possibilidade de não ser iniciado o ano letivo em 2012, em data já estipulada, por greve que possivelmente será deflagrada.
Agradeço teu tempo e apoio, caso consigas as respostas para estas questões, desejando que tenhas um bom final de domingo.
Maria Aparecida Lehmkuhl"
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