quinta-feira, março 08, 2012

Professores de SC devem aderir à paralisação nacional de três dias

Negociação de greve 08/03/2012


A reivindicação é que o governo adote o piso salarial do magistério

fonte Roberta Ávila

Na próxima semana, professores de todo o país planejam uma paralisação de três dias para cobrar de governos estaduais e prefeituras o pagamento do piso nacional do magistério. A lei que instituiu uma remuneração mínima para profissionais da rede pública foi aprovada em 2008, mas ainda hoje causa polêmica. Estados e municípios alegam não ter recursos para pagar o piso, especialmente agora que o Ministério da Educação (MEC) anunciou o valor para 2012 - R$ 1.451 - , com um reajuste de 22%.



Os professores da rede pública de Santa Catarina devem aderir à paralisação. Na rede estadual, segundo o Sandro Sifuentes, diretor de finanças do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), os professores pretendem aderir à paralisação.



— Esperamos que pelo menos 30% dos professores das escolas estaduais participem da paralisação — declarou.



Já na rede municipal, que realiza assembleia para discussão de possibilidade de greve nesta quinta e que tem como uma de suas principais reivindicações a adoção do piso salarial do magistério, a adesão à paralisação vai depender da proposta apresentada pela prefeitura de Florianópolis para a categoria.



Nacional



Os professores irão cruzar os braços entre os dias 13 e 16 de março (de quarta a sexta-feira). Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, o fato de alguns estados ainda não cumprirem a lei reforça a necessidade de um 'movimento forte' por parte da categoria para reivindicar melhorias na remuneração.



— Eles [gestores públicos] entendem que a lei precisa ser cumprida a partir do enfrentamento, da mobilização. Chega de brincar que estão valorizando o professor - reclama Leão. Nos estados e municípios em que a Lei do Piso já é cumprida, o presidente da CNTE avalia que a mobilização deverá ser menos intensa, com foco nas reivindicações locais, inclusive a construção de planos de carreira. Nosso intuito não é a paralisação pela paralisação, mas onde houver necessidade — explicou. As atividades são organizadas pelos sindicatos locais e incluirão manifestações nas sedes dos governos, passeatas e outros atos públicos.

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