sábado, março 24, 2012

O Deputadômetro voltará a medir desempenho de parlamentares

Ranking polêmico elaborado pela Facisc fazia avaliação do trabalho dos deputados na Assembleia

O polêmico ranking do Deputadômetro, que foi elaborado pela Facisc no ano passado e fazia uma avaliação do trabalho dos parlamentares na Assembleia Legislativa, tem uma nova previsão para voltar ao ar. De acordo com o presidente da entidade, Alaor Tissot, o modelo deve ficar pronto em maio. 

O principal problema para bater o martelo sobre os critérios de elaboração do ranking, segundo Tissot, é a pontuação para os projetos apresentados. Na primeira versão do Deputadômetro, cada matéria apresentada valia um ponto, e essa foi uma das reclamações dos deputados,  porque quantidade não significa, necessariamente, qualidade dos projetos, argumentavam eles. 

Atualmente, uma das possibilidades que está sendo estudada é a de que a pontuação esteja relacionada com o conteúdo das matérias apresentadas e com as prioridades da população. Além disso, de acordo com o presidente da Facisc, projetos considerados “eleitoreiros” ou “corporativistas” não deverão ser contados.

O site www.deputadometro.com.br entrou no ar no dia 17 de agosto do ano passado. O ranking considerava a presença dos deputados em plenário, a participação em comissões, a quantidade de projetos apresentados e aprovados, participações em audiências públicas e fidelidade partidária. No dia em que foi inaugurado, o presidente da Facisc foi à Assembleia fazer uma apresentação do projeto e a iniciativa foi duramente criticada pelos parlamentares. Alguns ameaçaram, inclusive, processar a Facisc. 

Além da questão da qualidade versus quantidade de projetos, os deputados questionaram também o critério de participação em comissão. Quem está no cargo de presidente da Assembleia, por exemplo, não pode ser membro de comissão, e isso prejudica o deputado que está na vaga. 

No dia seguinte à publicação do site, depois dos protestos dos parlamentares, a Facisc resolveu tirar o ranking do ar. À época, o presidente iniciou uma série de consultas a políticos e empresários para elaborar um novo modelo e deu um prazo de 30 dias para que ele voltasse à internet. O prazo expirou em outubro e desde então o Deputadômetro está sem atualização – fato que já incomoda alguns parlamentares, que estão se sentindo prejudicados porque os dados de presença em plenário, em audiências públicas e comparecimento em reuniões de comissões que estão no ar são do ano passado. 

O presidente da entidade chegou a procurar a ONG Transparência Brasil, que mantém o projeto Excelências, fazendo uma avaliação da atividade dos parlamentares em todo o Brasil. A parceria não foi adiante e Tissot preferiu não dar mais detalhes sobre o assunto.

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