terça-feira, novembro 22, 2011

Professores oficializam greve geral no Rio Grande do Sul


Após assembleia geral, professores e funcionários de escolas da rede pública decretaram greve por tempo indeterminado

 

Depois de assembleia, professores seguiram em

caminhada até o Palácio Piratini - Foto: André Guerra

A assembleia geral que deliberou a greve das escolas da rede pública do Rio Grande do Sullevou milhares de professores e professoras ao ginásio esportivo Gigantinho, em Porto Alegre nesta sexta-feira (18) As principais reivindicações dos professores são: o cumprimento da Lei do Piso Salarial de R$ 1.597,87; Piso Salarial para os funcionários de escola; além da oposição à reestruturação do Ensino Médio proposta este ano pela Secretaria Estadual da Educação do Rio Grande do Sul (SEC).
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“Nós esperamos o Piso já e a retirada dos projetos da pauta do Estado do Rio Grande do Sul. Nós não estamos pedindo um calendário. O governo que apresente uma proposta e nós vamos avaliar com a categoria”, explicou Rejane Oliveira, presidente do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS).
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A reforma do Ensino Médio tem como argumento a aproximação da escola com o mercado de trabalho e a ampliação da carga letiva anual de 800 para mil horas já em 2012. No entanto, os professores questionam o fato de o projeto estabelecer uma participação decrescente das disciplinas tradicionais como português e matemática entre o 1º e o 3º ano, tornando, segundo os professores, os alunos mão de obra barata para as empresas, ao invés de qualificá-los para poderem concorrer às vagas das Universidades.
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Outro ponto combatido pelos professores é o interesse do governo em estabelecer um sistema de avaliação dos docentes baseado na “meritocracia”, que vincularia, entre outras coisas, a progressão salarial ao desempenho dos alunos. Segundo os professores, esse sistema usaria critérios quantitativos como o resultado dos alunos em sala de aula, o que daria margem para que os professores fossem penalizados pelas precárias condições das escolas.
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“Querem que os trabalhadores em educação se responsabilizem pelos equívocos desse projeto que quer avaliar o desempenho dos alunos jogando sob os nossos ombros a responsabilidade do sucateamento e do ataque à educação”, disse Oliveira.
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Ao final da assembleia – em que por ampla maioria ficou decidida a paralisação –, professores, funcionário e alunos seguiram em caminhada até a frente do Palácio Piratini, onde foi entregue um documento oficializando a greve.
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“Nós temos ainda uma assembléia no dia 24, em frente ao Palácio. A partir disso, iremos iniciar uma vigília estadual. Os núcleos farão atividades nas praças, na capital e no interior. Depois do dia 24, a vigília será em frente ao Palácio”, afirmou Oliveira.

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