sábado, abril 20, 2013

PLANO DE ATIVIDADE DE SOCIOLOGIA: Por uma cultura democrática e cidadã.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Juventude e participação política
CONTEÚDO PRINCIPAL:
Democracia
SÉRIE DO ENSINO MÉDIO: 1º, 2º e 3º anos.
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE: 03 aulas
EQUIPE: Edna Aparecida Coqueiro

1. JUSTIFICATIVA

Para a consolidação do sistema democrático brasileiro, teremos que enfrentar o desafio de construir uma cultura de participação, em especial entre os jovens. Para tanto, trazer para a sala de aula leituras e debates sobre a Democracia, Juventude e Participação Política é uma estratégia que colabora para a compreensão de como acontece o controle do poder na sociedade e o desfio de participar das decisões contribuindo para a formação de cidadãos conscientes.

2. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

a) Descrição das atividades

Mobilização:

Comece mobilizando os estudantes para a questão da democracia. Pergunte o que eles entendem por democracia, o que pesam sobre o sistema democrático brasileiro. Aproveite os argumentos para introduzir a questão da participação da juventude na política. No final da aula aplique um questionário.

Questões:
  • Qual o grau de importância que atribui à política? 
  • Existe ou não alguma influência da política sobre sua vida?
  • Você exerce influência na política?
  • Participa de organização, movimento social ou partido político? Por quê?
  • Tem interesse por informações sobre política? Que tipo de informação mais lhe interessa? Onde busca essas informações?
  • É possível não se envolver com a política?
  • O que pensa sobre a obrigatoriedade do voto?
O eleitor, na hora de votar, deve escolher bons candidatos.
O eleitor, na hora de votar, deve escolher bons candidatos.
O voto é um direito de todos os seres humanos que vivem em regime democrático, que consiste em escolher individualmente o candidato que assumirá a representação de toda a sociedade.
Para determinar o candidato a ser votado, as pessoas precisam avaliar seus planos e projetos para melhorias na região. A conscientização da população para o voto justo e incorruptível é uma boa maneira de diminuir a quantidade de pessoas subornadas e compradas ilegalmente, e o policiamento nos locais de votação.

Apesar de o voto no Brasil ser obrigatório para todas as pessoas alfabetizadas com idade entre 18 e 70 anos, ele contribui para eleger uma pessoa de forma legal, já que a lei prevê que uma pessoa somente poderá assumir cargos governamentais se elegidos com maior número de votação. É importante que o voto seja realizado a partir da satisfação do eleitor no candidato e nas possibilidades de melhoria, pois o voto não deve ser visto como uma troca de favores, quando o eleitor vota e ganha com isso dinheiro, cesta básica, brinquedos, asfalto e outras coisas.

A compra de votos é ilegal, bem como a boca de urna, onde um representante de determinado candidato tenta convencer as pessoas a elegê-lo. Vale lembrar que uma pessoa capaz de utilizar de suborno e compra de votos não será um bom representante da nação ou região, pois a corrupção se mostra antes mesmo da posse do cargo público, já que busca se promover através de métodos ilegais.

No período de votação é necessário assistir o planejamento feito por cada candidato e ainda atentar para os debates feitos em emissoras de TV, pois tais debates revelam muito sobre cada candidato.
Por Gabriela Cabral

Leitura e Problematização:

Leia com a turma o texto Participação Política e Juventude.
http://www.scielo.br/pdf/rsocp/v16n30/15.pdf.

Problematize a visão de que os jovens de hoje são individualistas, consumistas e não apresentam nenhum interesse pelos problemas políticos da sociedade.
  • Verdade ou Mito?
  • Os jovens são convidados a participar?
  • Se não participam, quem reivindica pelo jovem?
  • Atividade de reflexão e análise crítica
Atividade em grupo

Proponha que organizem e analisem os dados do questionário (deve ser entregue formulário para organização dos dados).
  • Razões do apreço ou desprezo pela política;
  • Influência da política (campos/espaços);
  • Influência na política (campos/espaços);
  • Meios pelos quais recebem informação;
  • Tipos de informação que interessa.
Cada grupo deve apresentar para a sala a conclusão de suas análises.
É interessante que o(a) professor(a) retome as questões debatidas na primeira e segunda aula, compare-as com a análise dos dados. Peça para que os alunos apontem maneiras de como individualmente e/ou coletivamente o jovem pode contribuir para a construção e o fortalecimento da democracia brasileira.

Leitura complementar



Texto:
DEMOCRACIA, CORRUPÇÃO E OMISSÃO

A dica de leitura e reflexão (ou ainda, dica de uma aula) é ler o fragmento do texto de Marcia Tiburi e a partir dele refletir algumas questões importantes.
Segue fragmento do texto e sugestões de questões para reflexão:

Por que somos corruptos?
Por Marcia Tiburi

A máxima “o poder corrompe” é a bandeira que cobre o caixão no qual velamos a política. Ela é primeiro desfraldada por aqueles que pretendem evitar a partilha do poder que constitui a democracia. Ela é aceita por todos aqueles que se deixam levar pela noção de que o poder não presta e, deste modo, doam o poder a outros como se dele não fizessem parte. Esquecem-se que a falta de poder também corrompe, mas esquecem sobretudo de refletir sobre o que é o poder, ou seja, ação conjunta.
Democracia é partilha do poder. É o campo da vida comum, a vida onde todos estamos juntos como numa mesma embarcação em mar aberto. Partilhamos o poder querendo ou não, mas podemos fazê-lo de modo submisso ou democrático, omisso ou presente. Estamos dentro da democracia e precisamos seguir suas conseqüências. Democracia é também responsabilização pelo contexto em que vivemos: pelo resultado das eleições, pela miséria, pelo cenário inteiro que produzimos por ação ou omissão. Mas não nos detivemos em escala social para entender o que a democracia é e, por isso, falta-nos a reflexão que é capaz de orientar o seu sentido, bem como o sentido do poder e da política.
[...] É nosso dever hoje reavaliar a experiência brasileira diante da política. A compreensão da política como campo da profissão, por definição, corrupta, é ela mesma corrompida e corrupta. Ela destrói a política, cujo significado, precisamos hoje, refazer. Esta é a ação política mais urgente. Acostumamo-nos ao pré-conceito de que política é apenas governabilidade e deixamos de lado a idéia fundamental de que a política é projeto de sociedade da qual participam todos os cidadãos. Reclusos em nossas casas, acreditamos que a esfera da vida privada está imune ao político. Esquecemos que o pessoal é também político, não como espetáculo, mas como lugar de relação e modelo da esfera macroscópica da sociedade. [...] Na omissão praticamos a anti-política. Toda anti-política que seja omissão e não crítica é corrupção da política por ser corrupção da ação. A mais urgente das ações políticas na atualidade, além da punição dos que transformaram nossa governabilidade em prostituição da ação, é refazermo-nos como políticos no verdadeiro sentido.

Este artigo é fragmento do artigo que foi publicado em Zero Hora de 30 de abril de 2006, na Coluna Tema para Debate.

Questões para reflexão:
  1. Quais as consequências do desinteresse da sociedade pela política?
  2. É possível não nos envolvermos com a política?
  3. A corrupção existente hoje na política brasileira é culpa apenas dos políticos profissionais?
Sugestões para outros encaminhamentos.

Ampliar as discussões visando despertar e desenvolver o senso crítico. Pode-se, a partir deste estudo/ atividades, propor o desenvolvimento de ações no espaço escolar e na comunidade.

Exemplos:
  • Campanhas sobre cidadania e participação política (do jovem);
  • Campanha de mobilização pelo voto consciente;
  • Campanha de combate a todo tipo de corrupção;
  • Blog;
  • Teatro itinerante;
  • Jornal ou mural informativo.
b) Recursos
  • Tv;
  • Pendrive;
  • Textos;
  • Jornal, revistas;
  • Laboratório de Informática.
3. AVALIAÇÃO

a) Critérios:

O educando dever apresentar desenvolvimento na capacidade de:
  • realizar análise crítica e autocrítica;
  • compreensão do problema social e dos conceitos relacionados;
  • articulação dos conteúdos com sua prática;
  • argumentar com clareza e coerência. 
b) Instrumentos:
  • Expressão oral e escrita: Pesquisa, elaboração de texto e trabalho em grupo. 
4. REFERÊNCIAS 

a) Bibliográficas

CASTRO, Lúcia Rabello. Participação Política e Juventude: do mal-estar à responsabilização frente ao destino comum. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsocp/v16n30/15.pdf. Acesso: 02/07/2012 
DIMENSTEIN, Gilberto, RODRIGUES, MARTA M. A, GIANSANTI, Alvaro Cesar. (Orgs) Poder e Estado in Dez Lições de Sociologia para um Brasil cidadão , p. 176-177, Editora FDT, São Paulo, 2008.
GORZONI,Priscila – Os meandros da corrupção no Brasil e como esse mal está instalado na sociedade – Revista Sociologia nº 28, p.26-33,36,37, Editora Escala, São Paulo, 2012. 
TOMAZI, Nelson Dácio. Sociologia para o Ensino Médio – Cap. 13, 2ª edição, Editora Saraiva, São Paulo, 2010.
SOUSA, Diogo Tourino, PERLATTO, Fernando. As eleições e a democracia, Revista Sociologia nº 39, p. 35-51,Editora Escala, São Paulo, fevereiro/março-2012 
TIBURI, Marcia. Democracia, corrupção e omissão Disponível em 
________ A tolerância à corrupção no Brasil: uma antinomia entre normas morais e prática social. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-62762009000200005

b) Eletrônicas

TV Taques | Corrupção é crime hediondo -
Política Brasileira - http://www.politicabrasileira.com.br/

c) Sugestão de material de apoio

Cartilha do Cidadão Consciente. Publicação do Departamento Intersindical de 
Assessoria Parlamentar – DIAP – Edição nº1, ANO 1 – 2010.
Manual Contra a Corrupção – Integridade, Ética e Transparência contra a corrupção. Governo do Estado de Minas Gerais – Auditoria Geral do Estado, Belo Horizonte, 2008

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=732#sugestoes



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