quinta-feira, junho 30, 2011

A orfandade politica

30 de junho de 2011

Para se ter uma idéia da desarticulação, o secretário da Educação, Marco Tebaldi, encontrava-se em viagem pelo oeste, acompanhando o governador, e ignorava o teor da abertura das negociações. E também os novos caminhos seguidos entre grevistas e governo.
A falta de sintonia envolve também a base aliada na Assembléia. O líder do governo, Eliseu Matos, do PMDB, abandonou a intermediação da greve, frustrado com hostilidades que diz ter sofrido professores nas galerias do Palácio Barriga Verde e da posição inflexível do Grupo Gestor. O presidente Gelson Merísio, do DEM, entrou em cena pela reabertura das negociações, credenciado pelos líderes, fez contatos importantes nos bastidores, tudo em esforço para construir uma saída e ver terminada a greve. Movimentos que se limitaram ao “backstage”, mas que já produziram ciumeira dentro do governo e da base.
Um cenário intrincado que se agravou com a crise no sistema prisional e o sofrível atuação da secretária de Justiça, Ada de Luca. As principais lideranças do PMDB- o presidente Eduardo Moreira, vice-governador, e depuado Moacir Sopelsa, vice-presidente da Assembléia à frente – lançaram notas e fizeram discursos em defesa da secretária, sem que publicamente alguém tivesse pedido sua exoneração. Em Brasília, o senador Luiz Henrique fazia a defesa da ex-adversária, a ministra Ideli Salvati, fortalecendo a blindagem para que não fosse convocada a prestar depoimento sobre o escândalo dos aloprados.
Curiosamente, até agora nenhum líder do PMDB veio a público para defender os atos do governador Raimundo Colombo nesta longa e desgastante greve dos professores. E, a rigor, nem o PMDB, nem os aliados e sequer os correligionários vieram socorrê-lo.

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