Jussi Moraes - jussi@engeplus.com.br
Aulas no Cedup suspensas pela falta de funcionários para serviços geraisO retorno das aulas para os alunos do Centro de Educação Profissionalizante (Cedup) Abílio Paulo, em Criciúma, aconteceu na tarde dessa quarta-feira e na manhã desta quinta-feira. Isso porque na última semana os alunos chegaram à instituição e foram dispensados pela falta de recursos humanos na escola. Faltavam faxineiras, merendeira e professores para atender a demanda, e até o momento o problema não foi resolvido.Na manhã de hoje, o Grêmio Estudantil organizou uma manifestação em frente ao Cedup, mas foi censurado pela direção. De acordo com a aluna do 2º ano de Edificações, Ariane Souza da Silva, os alunos não puderam se manifestar e lutar pelos seus direitos. “Foi acertado que até hoje estaria regularizado o número de serventes, mas até o momento continua a mesma coisa”, expôs a aluna, que é diretora de movimentos sociais do Grêmio. Ela ainda comentou que faltam professores e, inclusive, salas de aula. “Na manhã de hoje alguns alunos tiveram aulas no pátio”, desabafou.
Na última semana, os professores expuseram a preocupação quanto a falta de funcionários. Segundo a professora de história, Marileia Simiano, hoje é o segundo dia de aula e a escola ainda está limpa. “Só que temos duas funcionárias na limpeza e o acordado era que hoje retornassem mais cinco para as atividades”, destacou, dizendo que não estão reivindicando nada em benefício dos professores. No entanto, a preocupação é com o bem-estar dos alunos. A professora de Educação Física, Bernadete Conte, comenta que devido à falta de professores alguns alunos recorrem ao ginásio de esporte nas horas livres. “Por enquanto estamos acompanhando eles, mas não temos como cobrir todas as aulas”, salientou.
Quanto ao manifesto iniciado na manhã de hoje, o diretor da escola, Francisco José Soares, disse que não foi proibido. “Aconselhamos os alunos de que não era adequada a manifestação e iniciamos as aulas”, pontuou. Ele aponta que na última semana esteve com o gerente regional de educação, Luiz Rodolfo Michels. Foi garantido que três funcionários da escola que estavam realocados retornariam para as suas funções. “Hoje esses profissionais não se apresentaram. Vamos fazer uma reunião para readequar o grupo”, determinou.
Outro problema na escola trata-se da merenda. “Pela lei, não temos alguns direitos por sermos uma escola técnica. Temos a merenda, mas não temos quem faça”, ressalta, dizendo que esta é outra luta da instituição. “Ano passado tentamos suprir a necessidade com lanches. A cantina, conseguimos reabrir, só que não é viável para todos os estudantes”, considera.
O quadro de professores poderá ser todo preenchido ainda nesta quinta-feira. Segundo o diretor, ontem teve mais uma chamada e pelas contas ainda faltam cinco professores para o ensino profissionalizante. O diretor pediu mais uma semana para que toda a situação seja regularizada.
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