Em "formação continuada", diga-se reunião entre equipe gestora e quadro docente,
sobre reelaboração do Projeto Político Pedagógico, a escola identificou entre seus alunos:
sobre reelaboração do Projeto Político Pedagógico, a escola identificou entre seus alunos:
Extrema falta de interesse nas aulas;
Excesso de faltas às sextas-feiras;
Necessidade de estudos complementares; e
Despreparo para realização de provas nacionais também em função da formatação das mesmas com múltipla escolha e gabarito.
Então para satisfazer essas demandas, ficou acordado que mensalmente, em uma sexta-feira pré determinada, será aplicado um simulado com questões de todas as disciplinas e duração mínima de uma hora, na tentativa de também estimular a concentração, podendo o professor registrar ou não a média da prova ou a nota da sua disciplina em seu diário de classe para compor a média bimestral.
Será que esta ação auxiliará para que haja mais atenção e interesse durante as aulas? Será que esta ação auxiliará na redução das faltas?
Será que estimulará os alunos a estudarem em casa?
Ficou um contraponto em relação à múltipla escolha e o gabarito, pois pareceria ilógico aplicar um modelo de prova que não tenha sido oferecido em atividades anteriores, no que foi dito que alguns professores já vem trabalhando nesta linha de preparo para resultados do IDEB. Fica mais essa reflexão!
A forma que a escola encontrou para lidar com tais deficiências me remetem ao OFÍCIO DE ALUNO, descrito por Perrenoud, que idealmente, incita-os a trabalhar para aprenderem, mas que na realidade acaba se tornando no cumprimento de exigências específicas em que muitas vezes não é a construção do conhecimento o mais relevante, tal como se pede também às crianças e adolescentes que trabalhem para estarem ocupados ou para serem avaliados e mais prosaicamente impõe-se o autoritarismo do professor.
Penso que a PROVA OPERATÓRIA deveria ser estimulada por assimilar estudos e publicações de Vasco Moreto que indicam os benefícios no resgate dos conhecimentos construídos pela contextualização de exercícios e enunciados o que me parece ser muito mais significativo para os alunos, o que leva a imaginar esta ser uma ação mais apropriada para este caso.
Um primeiro contentamento se aproximaria de mim se fossem imaginados instrumentos que demonstrassem a origem do desinteresse, e que apropriando-se do conceito de AVALIAÇÃO que ultrapassa o sentido de verificação que apenas verifica, o de PROVA, que é apenas um instrumento de avaliação, pois o conceito de avaliação é mais amplo e abrange a reflexão embasando tomada de decisões apropriadas que se ajustem ao alcance dos objetivos planejados como escolha consciente, a mesma equipe buscasse meios de combater as causas dando suporte a um crescente protagonismo de seus alunos, se tornando de fato referência na comunidade como centro de construção de cidadãos que da mesma forma buscariam e combateriam as origens das injustiças sociais a que sempre estiveram expostos e que a escola não tem sido eficiente em encaminhar melhorias.